“O Jesus que
o homem quer ver não é o Jesus que ele realmente precisa ver “
George
Campbell Morgan nasceu na Inglaterra em 1863. Seu pai foi pastor batista, mas
deixou a denominação após conhecer George Müller e os Irmãos de Plymouth. Seu
pai continuou a pregar e o jovem George frequentava uma igreja metodista perto
de sua casa. Um dia, em uma cruzada evangelística, George foi ouvir D. L. Moody
e Ira Sankey e foi muito impactado. Morgan nasceu para ser um pregador. Quando
criança, pregava para a irmã e suas bonecas e aos treze anos pregou seu
primeiro sermão na igreja Metodista de Monmouth. Sessenta anos depois, Morgan,
depois de se aposentar voltou a sua velha igreja e pregou o mesmo sermão que
havia pregado aos treze anos.
Aos quinze
anos ele já era bem requisitado para pregar nos arredores de sua cidade e
ganhou o apelido de “boy preacher”(“menino
pregador”) Ficou então dois anos longe do Senhor e no fim deste deserto ele
escreveu: “Por dois anos minha bíblia foi fechada. Dois anos de tristeza e
amargura. Estranhas e incompatíveis teorias materialistas estavam no ar e para
elas eu me tornei. Aprendi muito de filosofia, que estava em voga na Inglaterra
naqueles tempos, mas apesar de tudo isso eu não tinha paz. Em meu desespero,
peguei todos os livros que tinha, coloquei em um baú e os tranquei com chave e
ali eles permaneceram por sete anos. Comprei uma bíblia nova e comecei a
meditar em cada palavra com a mente e coração abertos. Aquela Bíblia me
encontrou, aquele livro esquentou o meu gelado coração como nenhuma outra vez
tinha me tocado”
Morgan
voltou a ser um pregador, mas logo, por questões financeiras deixou o púlpito
para dar aulas e a partir de então, uma grande guerra instalou-se em seu
coração e depois de orar decidiu que buscaria ser ordenado ministro metodista.
Estudou muito para seu sermão de prova, mas foi reprovado. Este fato abalou
muito o jovem George e ele até chegou a escrever em seu diário; “Fui rejeitado.
Tudo está muito escuro em minha vida, mas Deus sabe todas as coisas” e escreveu
isso e mandou a seu pai. Logo veio a resposta: “Rejeitado pelos homens, mas
aprovado por Deus”. Anos mais tarde ele escreveu: “Louvado seja Deus por aquele
dia em que rejeitaram meu sermão, pois daquele dia em diante busquei o Senhor
em oração e me humilhei debaixo de sua poderosa mão e ele me acolheu e me pôs
um novo cântico em meus lábios’
Morgan teve
7 filhos, 4 meninos e três meninas. Glewdoline, sua primeira filha, morreu de
repente na infância e sobre isso Morgan escreveu mais tarde: “Já se passaram 40
anos e eu não posso falar sobre isso sem ficar um tanto abalado. Lembro-me de
minha filha a beira da morte e de como clamei ao Senhor para que Ele a curasse.
Lembro-me de como ouvi o Senhor me falar: Não temas, creia somente. Deus a
levou para Ele e eu lembro-me dela cada dia de minha vida; mas aquelas Suas
palavras ‘somente creia “serviram de alimento para minha alma todos esses anos
G. Campbell
Morgan era pastor de pastores. Ele também cuidava de sua forma física, era um
ótimo jogador de tênis. Também cultivava muitas profundas e sinceras amizades dos
dois lados do atlântico. Ele foi pastor na capela de Westmisnter em Londres.
Apesar de aparentemente em primeira instância parecer ser um homem frio, em sua
casa era muito descontraído e no fim de sua vida se tornou muito rico por causa
de seus livros e sempre ajudou os amigos financeiramente, sendo generoso e
misericordioso com os problemas dos outros. Ele morreu em 16 de Maio de 1945
depois de 67 anos de ministério.
D. Martyn
Lloyd-Jones, se tornou pastor em seu lugar.
Sua mensagem
Sua mensagem
era poderosa e o seu segredo era uma clara, límpida e penetrante exposição do
texto sagrado, que cativava a todos os ouvintes. Ele foi chamado o príncipe dos
expositores. Apesar de nunca ter ido a um seminário, ele ultrapassou seus
colegas por tremenda dedicação em horas diárias de estudo da palavra.
“Duas coisas
considero vitais para um sermão: Primeiro a interpretação pessoal que Deus vai
colocar no coração daquele que o busca. Depois vou buscar confirmação em
comentários e sermões paralelos para poder autenticar se a minha inspiração veio
dos céus”
Dr. Morgan
nos ensina seus métodos de interpretação
Interpreto o
texto em quatro estágios
1- Pesquisa
do tema
Procuro
descobrir o tema ou o assunto do texto que vou pregar lendo o texto repetidas
vezes até a minha mente ficar familiarizada com a passagem. Depois leio o
contexto e se for possível o livro todo para entender a mente do autor e o que
ele estava querendo dizer (Conta-se que quando o doutor Morgan foi fazer a
exegese de Êxodo, leu o livro mais de 40 vezes)
2-
Apresentação do tema com uma frase de efeito
Depois que
escolho o tema, procuro apresentá-lo com uma frase marcante par que aos ouvidos
da congregação gravem a idéia central do texto e do sermão. Nesse ponto.
Procuro descobrir as principais doutrinas, conselhos, avisos ou mandamentos que
se encontram na passagem e condensá-los em poucas palavras.
3- Divisões
e desenvolvimento do tema
Nesta fase,
começo a explorar as divisões que fiz e desenvolvê-las sempre procurando ficar
perto do texto e às vezes usando textos paralelos com a mesma idéia e a mesma mensagem.
4- Dissecar
o texto
Agora eu ajo como um médico legista, que vou
abrindo cada parte do tecido textual para identificar todas as mensagens que eu
possa extrair, olhando os termos, o contexto e para então aplicar a conclusão,
que deve sempre desafiar o ouvinte em responder para si mesmo as questões do
texto e aplicar em sua própria vida o que o Senhor requerer.
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