segunda-feira, 27 de julho de 2015

Ponham os olhos em Jesus Cristo



Irmãos e irmãs, o foco das doutrinas bíblicas é Cristo. É Nele e a partir Dele que devemos considerar todos os ensinamentos de Sua Palavra. Cristo deve ser o centro de nossas atenções e deve ter a primazia em tudo o que nos concerne. Ele deve ser o centro de nossa adoração e todas as nossas afeições devem ser convergidas para Ele. Ele é o Ser Divino em quem todos os santos gravitam em Seu redor.
“Deus tem somente uma resposta para cada necessidade humana: Seu Filho Jesus Cristo. Em todo o Seu lidar conosco, Deus sempre usa o critério de nos tirar de cena e colocar Cristo em nosso lugar para nossa libertação”. 1
O propósito de Deus ao nos salvar é que Seu Filho seja formado em nós, que seu bom perfume seja exalado em nós e por nós (conf. 2ª Co 2:14-16), e que gravitemos em torno de sua sublime pessoa, e que Ele ocupe o lugar de preeminência em nosso meio. Sendo assim, como devemos considerar o ajuntamento do povo de Deus? Como devem os irmãos e irmãs se comportar quando se reúnem como casa de Deus? Como o Senhor instituiu a reunião dos Seus santos a fim de Ele fosse por eles adorado? Quem deve ser o foco na adoração que verdadeiramente traz satisfação ao coração do Pai celestial? Como Deus vê o Seu povo – quem deve aparecer?
São perguntas como estas que muitas vezes trazem opiniões diferentes entre o povo de Deus e, por falta de discernimento espiritual, irmãos e irmãs acabam-se apartando uns dos outros por não aceitarem as diferenças – e aqui que mora o perigo: alguns se apegam mais aos costumes, princípios, culturas e tradições, sem levar em consideração o ponto central: Cristo -, e assim viram as costas àqueles que pensam diferentemente deles (em algumas questões bíblicas, é obvio), e assim, necessariamente, rejeitam o que é essencial.
Irmãos e irmãs, não devemos ignorar de que há várias doutrinas nas Escrituras de difícil compreensão, e que há variadas gamas de interpretações que diferem-se entre si, e por isso, por falta de discernimento espiritual há tanta confusão nos dias de hoje no meio dos santos.
Vou citar alguns poucos exemplos. Concernente à doutrina da segunda vinda do Senhor Jesus, muitos irmãos sustentam opiniões diferentes. Uns creem que Cristo virá "antes“ da grande tribulação (pré-tribulacionismo). Outros, porém, sustentam que Cristo voltará após a grande tribulação (pós-tribulacionismo). Parece-me que já ouvi que Cristo voltará “durante” a tribulação. Não é nosso propósito aqui entrarmos nesta questão detalhadamente, mas devemos refletir: Podemos nós assumir uma posição dogmática relativamente a qualquer uma destas interpretações? Porventura, compete-nos exercermos juízo contra qualquer um desses irmãos ou irmãs, que pensam diferentemente de nós a ponto de criticá-los, e até mesmo abandoná-los porque temos nós “outra revelação”, ou “a nós não foi revelado”? O que devemos, sim, é acolhermos a recomendação do Senhor expressada em Sua Palavra. “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” ( 2ª Pe 3:10-13)
Em verdade, há doutrinas fundamentais nas Escrituras às quais se alguém negar em aceita-las como provenientes de Deus, esses tais não devem nem ao menos ser considerados irmãos ou irmãs. Por exemplo: Se alguém nega que Jesus veio em carne, esses não tem o Espírito de Deus, pelo contrário, são governados pelo espírito do anticristo, portanto, “não” podem ser considerados irmãos ou irmãs em Cristo. (ver 1ª João 4:1-6)
Há muitos outros exemplos que poderíamos citar, porém creio que este acima já é suficiente para que os irmãos percebam o que queremos dizer com doutrinas fundamentais.
Porém, em outros casos, devemos estar atentos para não sermos contenciosos.
Por exemplo: Cito “o uso do véu” ou “não” pelas irmãs, registrado em I Corintios 11:2-16.
Conhecemos vários irmãos e irmãs que são muito preciosos para nós (quanto mais para o Senhor?), que sustentam opiniões diferentes a esse respeito. Uns são a favor do uso do véu, outros não. E nem só por isso (em praticar este ato), deixam de serem nossos irmãos e irmãs em favor de quem Cristo morreu! “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é o que os condena? Cristo Jesus é o que morreu, ou antes, o que foi ressuscitado; o que está à mão direita de Deus; o que também intercede por nós!” (Romanos 8:33)
Quem somos nós para julgarmos certos irmãos ou irmãs que são a favor ou contra o uso do véu? Nestas questões devemos vigiar nossos corações e lábios sujeitando-nos à graça de Deus para que não incorramos em sermos achados entre aqueles aos quais as Escrituras advertem em Tiago 4:11-12. “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” Já foi dito por alguém que “Deus não empresta o Seu trono para que alguém julgue o outro”.
Irmãos e irmãs, se tirarmos os olhos de Cristo tenderemos a ficar mais com as tradições, princípios, costumes e culturas do que prosseguirmos para o alvo para o premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Neste aspecto, concordo com John Stott que disse: “Em coisas essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade; em todas as coisas, caridade.”.
Não nos surpreende de que há assuntos de difícil compreensão nas Escrituras (é óbvio, pois provém do Deus soberano, eterno, único, entre outros atributos, por isso, “as coisas espirituais só podem ser discernidas espiritualmente”), mas devemos em tudo recorrer ao Divino Parakletos que pode nos guiar às veredas puras e consistentes da verdade. “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” ( II Timóteo 3: 16-17).
Sendo assim passo agora ao ponto que considero “o ponto central”, de onde devemos considerar todas as doutrinas e preceitos das Escrituras. Leiamos 1ª Corintios 11:11. “Todavia, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher.” Consideraremos então todos os assuntos a partir desta perspectiva: “No Senhor...”.
À luz da revelação de Deus em Cristo Jesus, quem são os irmãos e irmãs? Respondo: é a igreja, o corpo de Cristo, onde cada membro exerce a sua função pela graça, tendo em vista um propósito soberano: A edificação da família de Deus. Isto podemos ver em Efésios 2: 19-22. “Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.”
O propósito de Deus para cada irmão e cada irmã, já foi determinado pelo Senhor e está sendo levado a efeito pelo Espírito Santo na igreja. “De Deus somos cooperadores”, conforme diz Paulo em 1ª Coríntios 3:9 . ( Neste ponto recomendo a leitura do artigo que traz o meu nome: “Considerando o equilíbrio: soberania divina e responsabilidade cristã” que se encontra publicado em nosso blog: http://www.irmaosembarueri.blogspot.com/ )
Relativamente ao cumprimento deste propósito podemos ler ainda em Efésios 4: 10-16. “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.”
Em ambos os textos acima podemos ver a ênfase do Espírito: A edificação da família de Deus. Trata-se de crescimento espiritual. Veremos abaixo mais alguns exemplos e observaremos o tratamento do Espírito na Igreja, como Ele opera, qual é o Seu propósito. Passamos agora à natureza da adoração bíblica, pois devemos ter em conta o que o Senhor determinou e exige do seu povo como resposta satisfatória à Sua vontade revelada. E aqui é onde tocamos no cerne da questão, àquilo que é essencial. “Todavia, no Senhor...” Cristo mesmo é a resposta de todas as exigências de Deus. A natureza da adoração aceitável a Deus é espiritual; procede de Deus, por meio de Cristo, via o Espírito Santo. Obviamente, isto não nos exime de fazermos tudo com ordem e decência, segundo o que o Espírito prescreveu e que está revelado em sua Palavra. Devemos em tudo atentarmos aos dois campos fundamentais da ação de Deus: O Espírito e a Palavra. A ênfase no Espírito divorciado da Palavra é misticismo; a ênfase na Palavra, divorciada do Espírito é legalismo; porém os dois juntos se constituem a Palavra viva do Senhor. E é nesta ênfase que devemos nos ater. Atentemos então à adoração espiritual.
O Senhor Jesus declarou em João 4: 24: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” Observem: “em espírito e em verdade”. A adoração é espiritual e é estabelecida pela verdade.
Igualmente, na verdadeira adoração, a questão do local é insignificante; pois “o véu do santuário se rasgou de alto a baixo” (Mc 15:38), e a origem da adoração agora é espiritual. “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4: 21-23). Vale ressaltar ainda, que o objeto da adoração é o Deus que se revela na história, na Bíblia e sumamente em Cristo, que é a expressão exata do seu Ser. “porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.” (Efésios 2: 18) Disto depreendemos que a verdadeira adoração é teocêntrica, isto é, “em Cristo”, e não antropocêntrica, aquilo que é centralizado e enfatizado no próprio homem. Podemos destacar ainda este fato de outro ângulo: a oração. Por exemplo, quando o apóstolo Paulo tratou a respeito do uso do véu em 1ª Coríntios 11: 2-16, têm-se a impressão, à primeira instância, que as irmãs só devem orar ou profetizar quando trouxer o véu sobre os seus cabelos. (Não é nosso propósito aqui tocarmos em “costumes, princípios, tradições, culturas, etc..., mas para fazermos uma reflexão:), aqui há algo que precisamos considerar: O que devemos é tomar cuidado para não limitar a profecia e a oração em um “local de reunião”, “em tempo”, e “modo”, (isto é, por usar um véu ou não quando nos reunimos como casa de Deus). Por quê? Porque há algo no ajuntamento do povo de Deus que transcende a uma mera reunião de estudo da Bíblia, que transcende a um mero local de encontro, que transcende a uma mera forma de adoração, é algo que é fundamental; trata-se da essência espiritual do culto a Deus. O que queremos dizer é que, não só naquele “momento”, “lugar”, ou “modo” (oramos, adoramos, profetizamos, etc..),mas estamos sempre diante do Senhor, em todo o tempo, em todo lugar e, como nos encontremos: devemos funcionar como casa de oração, pois a igreja é a casa de Deus. Precisamos fazer esta observação: Deus não deixará o seu tabernáculo enquanto os Seus estiverem dormindo, tomando banho, estudando, trabalhando, meditando, cultuando, etc. Continuamente a Igreja é a casa de Deus: a casa de oração.
Vamos avançar ainda um pouco mais na questão da oração. O Senhor Jesus disse em Mateus 21: 13ª: “e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração;” Neste verso o Senhor faz alusão ao verso que se encontra em Isaias 56:7. Devemos fazer a seguinte associação: primeiro o Templo (Cristo), e depois, a atitude de verdadeira adoração. Para nosso maior esclarecimento, leiamos João 2:14-21. “E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas ali sentados; e tendo feito um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se então os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará. Protestaram, pois, os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo.” Temos então no verso 14ª a 16, uma alusão ao Templo que havia em Jerusalém - o templo feito por mãos humanas. Os Judeus se jactavam de ali ser o lugar da adoração a Deus, por isso eles exclamavam: “Templo do Senhor! Templo do Senhor, é este!” (ver Jeremias 7:1-4) Mas Jesus trouxe a realidade do verdadeiro Templo e da verdadeira adoração. Ele disse à mulher samaritana: “nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai...” (João 4:21-23).
Qual é então o verdadeiro lugar, o tempo e o modo de adorar a Deus ? Prosseguiremos e veremos o que Jesus nos revela: Ele, e somente Ele é o caminho (o lugar), e a verdade (o modo), e a vida (o tempo) da verdadeira adoração a Deus. (ver João 14:6). Em João 2:16b, o Senhor Jesus menciona a casa de meu Pai. “...Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.” Então o Senhor nos esclarece que a casa do Pai a qual ele se referia apontava para Ele mesmo, o seu corpo. “Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo.” (João 2: 19-21) Depois de ascender-se ao céu o Senhor Jesus recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo e derramou do Seu Espírito para completar a Sua obra na terra: A formação de Sua igreja – A casa de Deus. O Senhor Deus nos incluiu em Cristo, (Romanos 6:3-5), e então fomos batizados pelo Espírito num só corpo, como diz as Escrituras: No corpo do Senhor. “Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” (1ª Corintios 12:13). Assim, a igreja é o corpo do Senhor, a extensão de Cristo na terra, a casa de Deus. Hoje podemos certificar-nos de que todos os crentes de todas as nações, todos digo, que habitam em Cristo, e os quais Cristo habita formam o templo espiritual, a casa de Deus, tendo o Senhor Jesus como A cabeça deste corpo. O Senhor é a morada de todos os santos do Altíssimo conforme João 14:2 nos esclarece: “Na casa de meu Pai há muitas moradas...”.
Agora , assim como é verdade inquestionável que Cristo é a casa do Pai, em qual habitamos, assim também, habitando nele e Ele habitando em nós pelo Espírito, somos também – a igreja; o seu corpo – a casa de Deus. Foi em vista disso que o apóstolo Paulo disse a Timóteo: “para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade.” ( 1ª Timóteo 3: 15) Irmãos e irmãs, faremos agora o desfecho final tendo em vista ao que foi dito acima. No reino de Deus homem e mulher são iguais. Quem deve aparecer no ajuntamento da igreja é Cristo. Vamos repetir o que Paulo disse em 1ª Corintios 11:11-12. “Todavia, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. pois, assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus.” Precisamos fazer agora a associação deste verso com outros para nosso maior esclarecimento: Leiamos Colossenses 3:10-11 e Gálatas 3:26-28. “e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou livre, mas Cristo é tudo em todos. Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Irmãos e irmãs, Deus vê o Seu Filho em todo aquele que foi regenerado por sua soberana graça. Todos os Santos do Senhor devem adora-Lo em espirito e em verdade, e em todo o tempo e onde estiverem, seja em casa, no trabalho, na escola, ao deitar-se, ao levantar-se, enfim; porque são membros do corpo de Cristo. A igreja é a casa de oração, não deve ser limitada em tempo, lugar ou modo, porque estamos em todo tempo e em qualquer lugar na presença do Senhor. Como declarou Martin Loyd-Jones certa vez: Esta é a coisa fundamental, a mais séria de todas: que estamos sempre na presença de Deus. Permitam-me enfatizar mais uma vez: Por sermos a casa de Deus, devemos acolher os irmãos e irmãs, amando uns aos outros, orando uns pelos outros, perdoando uns aos outros, sem distinção, porque Cristo nos acolheu e agora Ele é a nossa vida. Gostaria de terminar esta reflexão repetindo o que disse no início: Deus tem somente uma resposta para cada necessidade humana: seu Filho Jesus Cristo. Em todo o seu lidar conosco, Deus sempre usa o critério de nos tirar de cena e colocar Cristo em nosso lugar para nossa libertação. E mais uma vez devo ressaltar que em questões não essenciais não devemos ser dogmáticos, mas aceitar a todos os irmãos e irmãs que tem opiniões diferentes de nós, e usar da liberdade cristã, que nos foi conquistada por Cristo, e assim caminharmos Naquele que é essencial: Cristo Jesus. Em outro contexto diz Paulo: “Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de escravidão. Cada um fique na vocação em que foi chamado. Foste chamado sendo servo? não te dê cuidado; e, se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião. Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo. Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens. Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado.” (Gálatas 5:1; 1ª Corintios 7:20-24) “A libertação deu-nos liberdade para sermos escravos da justiça.”2 Irmãos e irmãs, onde está o Espírito do Senhor há liberdade.
Em conclusão a este tópico leremos 2ª Corintios 3:13-18. “e não somos como Moisés, que punha um véu sobre o seu rosto, para que os filhos de Israel não fixassem os olhos no final daquilo que se desvanecia.; mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles. Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu. Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”
Que o Senhor nos dê a graça de olharmos tudo segundo a sua perspectiva, “...e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.” (Filipenses 3:15) Amém!
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1 (Extraído do livro: “A vida cristã normal” - Watchman Nee)
2 Charles Caldwell Ryrie
Levi Cândido

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